quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Para Victoria

 Quantas vezes eu dei a oportunidade para me machucar?

Quantas vezes eu abri a caixa de Pandora e disse: Entra

Faz o que quiser

Machuca, maltrata, atira, arranha 

Acaba com esse amor que eu sentia por mim, é assim que você me ama.

Solitária, entregue, a beira do abismo 

Que dúvida até da capacidade de levantar da cama. 

E depois de arrancar toda a fibra do meu ser 

Você vai e me deixa como se tudo fosse um jogo, uma brincadeira 

Como um dia de feira. 

Eu me reergo nos escombros 

Puxo uma corda de volta ao topo, e respiro o ar 

E quando finalmente eu chego na luz do sol, você volta a me assombrar 

Mas dessa vez eu disse chega 

Eu virei sereia 

Cigana, bandida ou piranha 

Alguém que não te ama 

Uma força abrupta que não para

Que você não vai domar 

Sou dona de mim 

A mulher mais incrível que eu já conheci 

A nova Victoria. 




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